segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Titãs... Enquanto Houver Sol...
domingo, 30 de outubro de 2011
Simples assim...
Nando Reis e Roberta Campos... De Janeiro a Janeiro!
Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar...
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar...
Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
Às loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O Universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor,
pra SEMPRE vou te amar...
Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de Janeiro á janeiro
Até o mundo acabar...
sábado, 29 de outubro de 2011
Legião Urbana... Perfeição!!!
Clarice Lispector... A Hora da Estrela (trecho)
Lispector, Clarice, 1925-
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Legião Urbana... Fábrica
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance.
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais.
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo,
Que venha o fogo então.
Esse ar deixou minha vista cansada,
Nada demais.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Cálice... Pitty (Chico Buarque)
Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dose, engolir a labuta?
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
COMO É DIFÍCIL ACORDAR CALADO
SE NA CALADA DA NOITE EU ME DANO
QUERO LANÇAR UM GRITO DESUMANO
QUE É UMA MANEIRA DE SER ESCUTADO
ESSE SILÊNCIO TODO ME ATORDOA
ATORDOADO, EU PERMANEÇO ATENTO
NA ARQUIBANCADA PRA A QUALQUER MOMENTO
VER EMERGIR O MONSTRO DA LAGOA
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Cálice, cálice, cálice
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Cálice!!!!
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Sobre o amor...
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Carlão... Parabénsss!!! 21/10/2011
Que as verdadeiras amizades continuem.
Que as lágrimas sejam poucas, e compartilhadas.
Que as alegrias estejam sempre presentes
e sejam festejadas por todos.
Que o carinho esteja presente em um simples olá,
ou em qualquer outra frase mesmo que digitada rapidamente.
Que os corações estejam sempre abertos para novas amizades,
novos amores, novas conquistas.
Que Deus esteja sempre com sua mão estendida
apontando o caminho correto.
Que as coisas pequenas como a inveja ou desamor,
sejam retiradas de nossa vida.
Que aquele que necessite de ajuda
encontre sempre em nós uma animadora palavra amiga.
Que a verdade sempre esteja acima de tudo.
Que o perdão e a compreensão superem
as amarguras e as desavenças.
Que este nosso pequeno mundo virtual
seja cada vez mais humano.
Que tudo que sonhamos se transforme em realidade.
Que o amor pelo próximo seja nossa meta absoluta.
Que nossa jornada de hoje esteja repleta de flores.
Que a Felicidade momentânea da Vingança,
ceda espaço para a Felicidade eterna do Perdão.
Neste dia mais que nunca,
Parabéns!!!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Florbela Espanca...
Desejos Vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…
**************************************************************
Panteísmo
Tarde de brasa a arder, sol de verão
Cingindo, voluptuoso, o horizonte…
Sinto-me luz e cor, ritmo e clarão
Dum verso triunfal de Anacreonte!
Vejo-me asa no ar, erva no chão,
Oiço-me gota de água a rir, na fonte,
E a curva altiva e dura do Marão
É o meu corpo transformado em monte!
E de bruços na terra penso e cismo
Que, neste meu ardente panteísmo
Nos meus sentidos postos e absortos
Nas coisas luminosas deste mundo,
A minha alma é o túmulo profundo
Onde dormem, sorrindo, os deuses mortos!
*****************************************************************
As minhas Ilusões
Hora sagrada dum entardecer
De outono, à beira mar, cor de safira,
Soa no ar uma invisível lira...
O sol é um doente a enlanguescer...
A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!
O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
À flor das ondas, num lençol de espuma.
As minhas ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urnas de oiro,
No mar da Vida, assim... uma por uma...
***************************************************
X
Eu queria mais altas as estrelas,
Mais largo o espaço, o Sol mais criador,
Mais refulgente a Lua, o mar maior,
Mais cavadas as ondas e mais belas;
Mais amplas, mais rasgadas as janelas
Das almas, mais rosais a abrir em flor,
Mais montanhas, mais asas de condor,
Mais sangue sobre a cruz das caravelas!
E abrir os braços e viver a vida:
- Quanto mais funda e lúgubre a descida,
Mais alta é a ladeira que não cansa!
E, acabada a tarefa... em paz, contente,
Um dia adormecer, serenamente,
Como dorme no berço uma criança!
******************************************
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Envelheço...
domingo, 16 de outubro de 2011
O Corvo... Edgar Allan Poe
- Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais. - É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, - Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. - É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais. - Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais. - Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. - "É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais, - Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais." - Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, - Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais". - Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais - Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, - Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais, - Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!" - Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais! - Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!" - Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!" - Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais, - Libertar-se-á... nunca mais!
sábado, 15 de outubro de 2011
Orgulho de ser Professora... 15/10/2011
http://www.youtube.com/watch?v=2U-M8Tp78Q
(tradução)
Como é difícil dizer adeus às crianças quando o ano se encerra... Ah, que profissão difícil nesse sentido!
Passamos o ano nos dedicando, encontrando formas de chegar em cada um, junto aos nossos grupos de crianças... Empenho em realizar o máximo que pudermos e conseguirmos... Cuidamos, educamos...
Enfrentamos as adversidades que o mundo dos adultos, na escola e na sociedade, nos impõe! Buscamos superar todas as frustrações, desrespeitos, “abandonos pedagógicos” e os não reconhecimentos os quais estamos sujeitos, sempre em consideração à criança. Fazendo o máximo possível para manter o profissionalismo e uma postura de exemplo. Enfim buscamos honrar e respeitar a criança e o nosso papel na sociedade, dentro e fora da escola.
Sim, infelizmente, existem maus professores, maus profissionais, como em toda a profissão, isso não está no controle de qualquer ser vivente. Mas a maioria não pode ser minimizada à minoria. São, geralmente, companheiros(as) desavisados(as) e carentes de atualização e formação continuada, muitas vezes, oriundos e vítimas do próprio sistema e, também geralmente, completamente abandonados e à deriva por este mesmo sistema, principalmente o público. Mas - implacavelmente - sob o jugo do “vigiar e punir” que muito bem define Foucault, o qual muitas vezes, tristemente, tem eco na relação com as crianças.
Se a “criança é feita de cem”, conforme o saudoso Loris Malaguzzi imortalizou (http://baguncinhacantinho.blogspot.com/2010/08/crianca-e-feita-de-cem.html), nós professores e adultos certamente, também, um dia, já fomos cem...
Então, fazendo aqui um pequeno trocadilho eu afirmo: eu me recuso passar de CEM a SEM...
Parabéns a todos nós professores e professoras que, apesar da solidão e abandono intelectual ao qual nos encontramos em nossos locais de trabalho, resistimos e não deixamos nunca de objetivar o nosso melhor... Em ação, atuação, exemplo, e exercício da nossa profissão... Afinal, “nossas” crianças merecem...
Merecem a base forte da nossa empolgação em formar mentes férteis, curiosas, investigativas, bem informadas, e as asas de corações afetuosos, solidários e autônomos, exemplificando o ensinamento de que cada um, e todos nós, temos nossa história nas mãos e, dentro do nosso universo particular e nas trocas com o(s) outro(s), podemos escrevê-la e sermos sujeitos das mesmas na busca da realização como indivíduos, e no fortalecimento de uma sociedade mais justa e igualitária, independente de qualquer instituição social existente.
Denise Cristina Nogueira
Professora de Educação Infantil
15/10/2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
A Eterna Criança Que Existe Em Nós...
Sim, aquele lado meio sapeca, que de vez em quando,
Como é bom ser eternamente criança!
As crianças são bem humoradas. Puras. Verdadeiras.
Riem de si mesmas quando alguma coisa não dá certo
Elas são capazes de conservar o brilho dos olhos,
As crianças nunca reclamam de nada.
dispostas e cheias de energia.
Conservar o nosso lado criança é viver bem e melhor.
Aprenda a olhar o mundo com os olhos da criança.
Aqueles olhos sapecas, ingênuo e infantil.
Os olhos de quem sabe que os problemas logo serão resolvidos
Não tenha vergonha! Ser criança é ser feliz!
Solte a energia acumulada que está dentro de você!
Acaricie uma planta!
Role na grama com seu bicho de estimação!
Seja criança hoje,
Autor: Antonio Marcos Pires