domingo, 28 de agosto de 2011

É um resto de toco...


Esta coisa terrível de não ter ninguém para ouvir o meu grito...
Esta coisa terrível de estar nesta ilha desde não sei quando.
No começo eu esperava, que viesse alguém, um dia.
Um avião, um navio, uma nave espacial.
Não veio nada, não veio ninguém.

Caio Fernando Abreu
Escritor e Jornalista

Tiempo Y Silencio - Cesária Évora & Pedro Guerra


Lá está ela mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?

A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não...

E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário…
Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência.

E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

do saudoso...
Caio Fernando Abreu
Escritor e Jornalista

sábado, 27 de agosto de 2011

Meninas X Mulheres...



Meninas esperam você ligar,
mulheres te ligam sem problemas.
Meninas encaram para depois ignorar,
mulheres só te olham quando te escolhem.
Meninas reclamam do futebol,
mulheres assistem aos jogos com você.
Meninas ligam para o que você tem,
mulheres se importam com quem você é.
Meninas ligam para o que as amigas falam,
mulheres se importam com o que sentem.
Meninas condicionam seus carinhos,
mulheres dão carinho incondicionalmente.
Meninas reclamam dos meninos que ainda não são homens,
mulheres os transformam...
(desconheço o autor)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paula Toller - Meu Amor se Mudou Pra Lua


Cai a tarde sobre os ombros da montanha onde me largo
O dia não foi, a noite o que será
Meus cabelos pela grama e eu sem nem querer saber
por onde começo e onde vou parar

Na imensidão do amanhã
meu amor se mudou pra Lua
Eu quis te ter como sou
mas nem por isso ser sua

Vou adiante como posso, liberdade é do que gosto
O dia nasceu, azul é sua forma
Já não quero mais ser posse, fosse simples como fosse
Um dia partir sem ganchos nem correntes

Façamos um brinde, façamos um brinde
à noite que já vai chegar
Façamos um brinde, façamos um brinde
ao vento que veio dançar

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Atitude é tudo!!!!

Legião Urbana - Índios


Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui...

domingo, 21 de agosto de 2011

Voa, Fênix, Voa!


Eu penso que a vida é frágil, efêmera, como tudo que há nela. Passa tão rápido... Poucas são as coisas que permanecem inalteráveis ao longo da nossa existência! De repente olhamos para trás e percebemos que o tempo passou, pessoas e coisas passaram também, além das ilusões e sonhos desfeitos. Como canta Oswaldo Montenegro em A Lista, Faça uma lista dos sonhos que tinha, Quantos você desistiu de sonhar!

É inevitável a reflexão: o que eu fiz? De bom? ruim? qual a diferença que fiz no mundo? Eu fiz diferença? Difícil responder... O que nos leva a crer que fazemos a diferença no mundo? Ou que deveríamos fazê-la?
Há momentos que nos sentimos mortos em vida! Os acontecimentos, as adversidades, por vezes nos chegam violentamente. Vêm em uma onda de energia numa violência tão intensa, que a impressão é a de um furacão a passar. Ele vem e lança destruição em tudo que edificamos e depois... O que fica? O que resta? Escombros! É essa a sensação. De fim, de final. Sensação de que nada de inteiro restou, de que tudo está destruído e acabado. Uma tristeza profunda nos toma o coração e a alma.

Nesse momento, nada, ou quase nada, consegue nos livrar da dor da ausência do quê antes nos ocupava o cotidiano. Os pedaços espalhados ao chão criam vida em nossa memória... Cada um deles não nos deixa esquecer do que antes foi inteiro... Se fôssemos realmente analisar, pode ser que chegaríamos à conclusão de que nem nos sentíamos felizes com o que tínhamos, mas a idéia de ausência, da falta, nos assombra com fantasmas, que nos impedem de olhar à frente e caminhar. E a culpa, o não perdão daqueles que ferimos, nos amarram a caminhada e permanecemos escravos da saudade, das lembranças e da sensação de que se tívessemos agido diferente tudo estaria inteiro ainda...

Será? A culpa redime? Eu penso que não, pelo contrário, nos mantém presos, amarrados e mais, ao olhar para trás corremos o risco de virar estátua de sal, como a mulher de Ló, personagem bíblico em Gênesis...

No entanto, mesmo mortos, continuamos a caminhar impulsionados pela dinâmica natural da existência, a despeito da nossa vontade. E vamos diariamente pisando os cacos e ferindo impiedosamente os pés descalsos, vivendo uma dor que nos faz o andar lento e atrasa a nossa caminhada.

Resistimos fortemente em juntar os destroços e lançá-los fora, em nos desporjarmos do que foi um dia, mas que não voltará.

Porque não voltará!!!
O estado das coisas mudou, houve uma ação transformadora, e daquela forma de antes não mais. Nunca mais seremos os mesmos. Às pessoas capazes, a experiência do sofrimento muda, aprimora, lapida, faz crescer. Nunca mais seremos os mesmo, não mais!

Mas, como agir? Como prosseguir? Se não temos vontade? Se estamos mortos e destruídos? Como refazer, reedificar, reeguer? Onde nos agarramos? Como buscar forças? Se tudo que sentimos é que o brilho da nossa estrela se apagou e uma tristeza imensa toma a nossa alma?

Minha experiência é a de buscar no mais íntimo do nosso ser! Acredito com veemência que somos aquilo que pensamos e desejamos. Temos a força dentro de nós, e ela é nossa, é intrínseca, faz parte até mesmo do nosso instinto de sobrevivência talvez.

Precisamos querer, tentar! Fazer florescer a nossa grandeza, armarmo-nos de garra e coragem, invocando a Fênix que há em cada um de nós, aquela ave gloriosa, pássaro de fogo que aquecerá a nossa alma. A força oculta e adormecida que trará o renascimento da nossa alegria e amor à vida, e nos permitirá ressurgir das cinzas de nós mesmos, livrando-nos do frio da morte em vida e resgatando a imortalidade do amor por si próprio, que há em cada um de nós.

A minha reflexão é no sentido de que não precisamos olhar para trás, porque somos nós que escolhemos olhar para trás.
Pessoalmente, estou me esforçando e optei por não correr o mesmo risco da mulher de Ló... Não quero ser a estátua de sal que repousa à beira do Mar Morto!
A idéia é analisar o que de fato queremos para o nosso presente, para cada instante, cada momento e é o que estou tentando...

Quais são minhas expectativas? O quê ou quem ou mesmo qual sentimento me faz bem?
Penso que de repente no ato de juntar cacos e chorar em cima deles ao invés de jogá-los fora e limpar o terreno para novas construções e edificações, uma nova história; posso estar desperdiçando uma chance incrível que a vida, em seus mistérios mais profundos, me oferece para a alegria de meus dias e da minha realização pessoal, assim como que um presente edificando bases de futuro!
A idéia é me agarrar aos mais ínfimos detalhes do quê ou quem ou qual sentimento me faz bem.

E não é que de repente, não mais que de repente! Como diz o poeta Vinícius de Moraes em Soneto da Separação, percebo que consegui me livrar do que não me serve mais...

Certa feita eu ouvi de uma pessoa maravilhosa, incrível e especial que passou pela minha vida, a seguinte frase: "o que não me serve eu atiro fora!" Muito sábia essa filosofia de vida, e me é pertinente no momento! Certo é que as pessoas não são iguais, admiro quem consegue "atirar fora!", não combina comigo! Não tenho essa força e energia. Não digo, também, que consiguirei atirar fora meus cacos.

Mas posso juntar tudo, fechar dentro de uma caixa e colocar na estante do meu passado alojada em um cantinho especial do meu coração, sem mágoa, ódio, nem mesmo rancor, só amor e saudade. Ficará lá, cuidarei com carinho, abrirei de quando em vez essa caixa preciosa, relembrarei tudo que foi lindo, darei risadas, sentirei até saudades, mas não mais dor, lágrimas e sofrimentos. Esses sentimentos eu agora atiro fora, realmente. Tenho a certeza de que eu sempre fiz o melhor que pude na minha existência, da melhor maneira que as minhas imperfeições me permitiram. Certeza que, se eu pudesse e conseguisse, teria feito muito melhor. Foi apenas o meu possível.

Como dizia o glorioso Chico Xavier, um exemplo de vida, Ninguém pode voltar no tempo e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode (re)começar agora e fazer um novo fim.

Então agora eu escolho olhar para frente, me aventurar nas ondas das surpresas que a vida tem a oferecer. Não quero ser a estátua de sal que repousa à beira do Mar Morto! Mas sim como diz Isabela Taviani na música "Outro Mar", Abri as portas pra vida, pra ser vivida... abri meus braços pro mundo, não tô mais sem rumo... Livrei meu corpo da dor ...

Prefiro dar asas à Fênix que há em mim! Um símbolo de esperança, de persistência e de transformação de tudo que existe, um sinal de vitória da vida e da inexistência da morte.

Tenho motivos para ter força e renascer das cinzas. Sou feliz! Não estou só. Tenho junto de mim pessoas incríveis que me gostam, me acarinham, me valorizam e dão atenção, e que conseguem conviver com minhas imperfeições, pois julgam que vale a pena suportá-las, visto que realmente importo para elas. E eu sou muito grata por isso...

Uma certeza eu tenho: não quero que a vida passe por mim, quero eu passar por ela. Tomar posse da minha história e ser sempre sujeito dela. Não quero patinar, presa ao chão, na lama da insatisfação e infelicidade! Esse sentimento deixa as pessoas amargas! Nos tira a luz! O brilho! Tenho asas, quero voar... Os tombos? Ahhh!!!! Nos tornam o sal da terra...

Como em O Sermão da Montanha! Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se d´Ele. Então abriu a boca e lhes ensinava dizendo: Bem Aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino dos céus! Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem Aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem aventurados os que fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia! Bem aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus! Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus! Bem aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhes será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem acender uma luz sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus! (grifo meu)

Finalizo essa reflexão com uma frase que me foi dita há alguns dias por uma pessoa linda! Um ser mais e mais querido, por mim a cada dia, especial e encantador, que carrega no nome a crueldade, a tristeza e a força histórica de um Imperador; mas também, a doçura e a luz de um Glorioso Anjo que Deus enviou em seu nome com poderes de cura! Um alguém que ainda não percebeu o poder que tem, perante o mundo, de amar e ser amado, assim sendo ser feliz e fazer quem está a sua volta, também, feliz!

Quem vive no passado não tem presente e,
quem não vive o presente não terá futuro.
(pensamento da sabedoria milenar Chinesa).
Em assim sendo...

Voa, Fênix! Voa!

Bom dia e excelente
semana a todos!
Denise Cristina

sábado, 20 de agosto de 2011

Muito Tudo - RPM

Eu não quero mais falar da violência na cidade
Eu não quero nem saber qual é a grande novidade
Eu não tenho paciência para política e o poder
Eu não vou dizer mais nada se eu não sei o que dizer

É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)

E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda

Eu não tenho saco pra gente que só pensa em dinheiro
Que não se dá conta de que tudo isso é passageiro
Essa euforia, essa angústia, esse desespero
De emergente, de pré-sal, de BRIC e o sonho brasileiro

É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)

E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda

Tanta dor, tanta notícia, tanto sofrimento em vão
Tanto site, tanta mídia, muita ofensa e pouco pão
Tanta oferta, tanto anúncio e um Picasso no leilão
Quem dá mais? Quem pode mais? Tudo está em liquidação

É muita informação e pouco conteúdo (muita informação)
É muito grave, muito médio, muito agudo (muito grave)
É muita pretensão e muito pouco estudo (muita pretensão)
É muita festa, muita coisa, muito tudo (muito tudo)

E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, sinto que o mundo me muda
E eu queria mudar o mundo... O mundo pra você!
Mas às vezes, eu me pergunto...

pergunto:

Por

que?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Quase Sem Querer - Zélia Duncan


Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente

"Tô" tão tranquilo
E tão contente

Quantas chances
Desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir p'ra si mesmo
É sempre a pior mentira
Mas, não sou mais
Tão criança
huuu huuu huuuu
a ponto de saber tudo
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos

Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto,
quero tanto...
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo
que você.

Vida... Augusto Branco


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante...

* * *